quinta-feira

21 milhões de euros que serviu para dar saúde a três consultoras

O Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) pagou, só a três empresas privadas de consultoria e gestão, mais de 21 milhões de euros até ao final de 2009, um montante quatro vezes superior ao total do prejuízo registado nesse ano por este organismo tutelado pelo Ministério da Saúde. 

Os valores surgem no relatório final da auditoria do Tribunal de Contas (TC) ao SUCH, a que o PÚBLICO teve acesso, e que volta a ser muito crítico da gestão presidida por Paula Nanita, que foi demitida no final de Junho.

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Na base do agravamento da situação está, defende o TC, a "falta de conhecimento do SUCH e dos parceiros privados sobre as idiossincrasias do sector público da saúde nas áreas de compras, gestão de recursos humanos e gestão financeira e contabilística", além do "excessivo recurso a financiamento bancário" (33,2 milhões de euros, em 2009). O TC põe ainda em causa o facto de o SUCH não ter aberto concurso público para seleccionar os parceiros e ter escolhido a CapGemini, a Accenture e a SGG com base nos seus currículos. Estas foram remuneradas com 4,3 milhões de euros, 9,4 e 7,6 milhões de euros, respectivamente, pelo seu contributo na constituição das três unidades de serviços partilhados.

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