Este negocio estava destinado a meter água, pois não querem lá ver que vários documentos relativos ao programa de contrapartidas dos dois submarinos comprados em Abril de 2004 pelo Estado português desapareceram da Comissão Permanente de Contrapartidas (CPC), que fiscaliza os projectos que o consórcio alemão se comprometeu a intermediar, no valor de 1,2 mil milhões de euros, para fortalecer o tecido empresarial nacional.
É que na véspera da assinatura do contrato de compra dos submarinos e do das contrapartidas, tinha o objectivo de omitir uma alteração de última hora, feita na noite de 20 para 21 de Abril, que transferiu os projectos da Lisnave para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC).O líder do CDS/PP, Paulo Portas, reconheceu ter estado na origem desta mudança. "Defendi o interesse público dando trabalho a uma empresa do Estado que estava próxima da falência, com mil postos de trabalho", sustentou Paulo Portas "É diferente para o país os barcos serem construídos todos em Portugal ou virem para cá só para serem pintados", disse. Depois de avaliarem os projectos, a CPC concluiu que só um cumpria esta regra dos 50 por cento e, por isso, o Estado português tinha sido prejudicado em mais de 200 milhões de euros, tendo permitido que o consórcio alemão levantasse indevidamente parte da garantia bancária.
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