Português que angariava trabalhadores para o estrangeiro nas mãos da justiçaDormiam numa pocilga, comiam o que calhava e eram espancados. Polícia Judiciária já concluiu inquérito e alerta para fenómeno criminal enraizado na Beira Interior.
A 550 quilómetros de casa, sem documentos nem dinheiro, o caminho de regresso torna-se difícil de encontrar. Quatro jovens portugueses estiveram três anos escravizados em Logroño, no Norte de Espanha, alojados em condições precárias e sem receber qualquer pagamento. O intermediário, também português, é acusado dos crimes de tráfico de pessoas, sequestro, escravidão e ofensas à integridade física.
"As vítimas são sempre pessoas fragilizadas", diz fonte da PJ, salientando que, num dos casos, o sequestro durou três anos (entre 2006 e 2008), enquanto os três restantes passaram meses em instalações que os próprios descreveram à polícia como "uma pocilga".
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