É a primeira vez em Portugal que um bebé com menos de um ano é sujeito a uma intervenção cirúrgica desta natureza, o que constitui um marco importante.
"Quanto mais cedo a criança for implantada melhor, porque a via auditiva humana precisa de ser estimulada para funcionar normalmente, e só há uma forma de o fazer, é com informação sonora", explica Carlos Ribeiro, director do serviço de Otorrinolaringologia do CHC.
Através desta técnica, que consiste na aplicação de um dispositivo electrónico que permite captar os sons, já foram implantadas em Portugal 352 crianças desde 1992. Segundo Carlos Ribeiro, os resultados são "muito bons": "Recuperam a audição e fazem uma escolaridade e uma vida perfeitamente normais."
Até agora, a criança mais nova a ser submetida a esta intervenção tinha 16 meses. Segundo Carlos Ribeiro, o caso do menino agora implantado é a prova de que toda a cadeia, desde a detecção do problema e encaminhamento até à cirurgia e posterior reabilitação, está a funcionar em Portugal. "A medicina portuguesa está ao nível dos países mais desenvolvidos nesta área da otorrinolaringologia."
Nem todas as crianças reúnem condições para aplicação do equipamento, que custa 20 mil euros.
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