O computador da companhia aérea Spanair onde eram registadas as avarias dos aviões estava infectado com software malicioso, o que fez com que os técnicos não tivessem introduzido informação sobre as falhas detectadas no avião.
O voo JK 5022 caiu no Verão de 2008, no aeroporto de Barajas, em Madrid, num desastre que matou 154 das 172 pessoas que seguiam a bordo e que foi um dos piores acidentes do género na história da aviação espanhola.
Segundo informação divulgada na sexta-feira pelo jornal "El País", o computador central da Spanair, instalado na sede da empresa, em Palma de Maiorca, estava infectado com trojans, um tipo de software malicioso muito comum e que é frequentemente usado para capturar informação pessoal dos utilizadores, facilitar ataques e causar danos nos aparelhos.
Para além disto, os funcionários da Spanair costumavam demorar até 24 horas para registar no computador uma avaria detectada.
Os investigadores ainda estão a tentar perceber se a falha no equipamento do avião está relacionada com as avarias que deveriam ter sido introduzidas no computador da Spanair. O juiz já ordenou à companhia que forneça os registos introduzidos no computador nos dias que antecederam a queda.
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