Em conferência de imprensa na sede do PCP, Jerónimo de Sousa adiantou que o nome de Francisco Lopes foi aprovado no Comité Central por “unanimidade e aclamação” e que a sua candidatura era “necessária” face ao quadro de nomes já apresentados: Manuel Alegre (candidato pelo PS e BE), Fernando Nobre (sem apoios partidários, mas com a simpatia de Mário Soares) e Defensor de Moura (deputado socialista e ex-presidente da Câmara de Viana do Castelo).
Ex-PCP Carlos Brito apela a concentração de votos em Alegre
Quanto ao actual Presidente da República, um “candidato que antes de ser já o era”, Jerónimo de Sousa considerou que Cavaco Silva “assume uma enorme responsabilidade” na “evolução da situação negativa do país” pela “sua activa acção convergente com a política de direita e de abdicação nacional ao serviço dos grupos económicos e financeiros defendida pelo PS e pelo CDS-PP e prosseguida pelo Governo PS”.
«Operário» electricista, 54 anos, Francisco José de Almeida Lopes integrou desde cedo as fileiras do PCP, escreve a Lusa.
Em 1973, com 18 anos, o deputado comunista eleito pelo círculo eleitoral de Setúbal militava já na União dos Estudantes Comunistas (UEC) e no Movimento Democrático (MD).
Electricista de formação, Francisco Lopes fez depois parte da célula de trabalhadores da Applied Magnetics, tendo sido membro da comissão de trabalhadores da mesma empresa.
Mais tarde, foi membro do Sindicato dos Electricistas do Distrito de Lisboa. Em Setúbal, Francisco Lopes foi responsável pela Organização Regional do partido.
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