Afinal, ultrapassam as duas centenas os processos de expulsão aplicados a militantes do PS que candidataram, nas últimas autárquicas, em listas opositoras às do partido. Só no distrito do Porto, aos cerca de 100 casos de Matosinhos, entre os quais avulta a expulsão do histórico Narciso Miranda, somam-se mais 80 em Valongo, cinco no Marco de Canaveses e três no Porto, estes últimos relativos a uma lista para a Assembleia de Freguesia de Santo Ildefonso. Em Coimbra, são mais de 20 militantes a quem é imposta a saída do partido e em Bragança serão oito, que se candidataram à câmara local pelo Movimento Sempre Presente.
O presidente da Comissão Nacional de Jurisdição do PS defendeu hoje que a candidatura em listas contrárias às do PS “é uma conduta grave” e frisou que o processo de expulsões está conforme com os estatutos e a lei.
«Se isso me aconteceu, é uma atitude kafkiana, para não dizer estalinista. Se isso aconteceu, o passo seguinte é o recurso para os tribunais civis. Mas eu não acredito que seja verdade», comentou Narciso, militante do PS há 30 anos.
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