A CP está à procura de "entidades públicas ou privadas"
Para que possam ser suas parceiras na exploração do comboio histórico do Douro, para minimizar os prejuízos que tem tido naquele serviço e que a empresa diz não poder mais suportar. "Caso esta solução [parcerias] não seja viável, está efectivamente em causa a sua continuidade", disse ao PÚBLICO fonte oficial da empresa.
O comboio a vapor do Douro é composto pela locomotiva a vapor 0187, que foi construída na Alemanha em 1923 e enviada para Portugal como indemnização da I Grande Guerra. Alimentada a carvão, esta máquina reboca três carruagens de madeira dos anos 20 do século passado, construídas nas oficinas da Figueira da Foz e que pertenceram à Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira Alta. Uma das razões que encarece o custo deste serviço é a obrigatoriedade de, atrás da composição, seguir uma dresina com pessoal da Refer e bombeiros que verificam se há algum indício de incêndio nas imediações da via férrea. Um cuidado que não existiu durante os mais de cem anos em que na linha do Douro só existia tracção a vapor.
Este ano o comboio histórico teve custos de 150 mil euros e receitas de 90 mil euros.
Considerando os valores financeiros em causa, absolutamente simbólicos para a realidade da CP, a Estrutura de Missão do Douro considera "criticável" a opção de encerramento do serviço do comboio histórico no Douro
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