quarta-feira

TGV Lisboa-Madrid

 TGV Lisboa-Madrid: «Assumimos o compromisso»
O comboio de alta velocidade está a ganhar forma em Espanha. Mas também em Portugal. Obras, para já, só na terra de nuestros hermanos. O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações foi esta quarta-feira a Badajoz para acompanhar os testes de carga no primeiro troço do TGV Lisboa-Madrid, depois da fronteira portuguesa. Este foi um «pequeno acto, mas algo carregado de simbologia: assumimos o compromisso de um projecto fundamental para os dois países».
E é em Espanha que a alta velocidade está a andar a um ritmo mais rápido. «Aqui estão em execução mais de 100 km de linha. Em Portugal estamos ligeiramente mais atrasados. Temos uma metodologia diferente: duas grandes parcerias público-privadas». Mas as obras deverão arrancar em Setembro, assegurou o ministro.
Quanto à terceira travessia sobre o Tejo, António Mendonça explicou que «tivemos de rever o modelo de financiamento por causa da crise internacional». Também a necessidade de recorrer a muito crédito bancário fez o Governo apostar nas verbas comunitárias «para aliviar os encargos financeiros do Estado». Com a intenção de «o mais rapidamente possível repor os projectos» agora suspensos
Concorrente privada da CP Carga 
Takargo perdeu 1,3 milhões em 2009
A primeira empresa privada de transporte ferroviário de mercadorias, Takargo, teve em 2009 prejuízos de 1,3 milhões de euros, de acordo com o seu administrador, Pires da Fonseca.

Esta empresa do grupo Mota Engil começou a operar em 2008, mas 2009 foi o ano em que utilizou a totalidade da sua frota. Aquele responsável desvaloriza os resultados negativos. "O mercado não estava ali na prateleira à espera que chegasse a Takargo e vendesse transporte ferroviário no guichet", ironiza, explicando que a curva de crescimento nos corredores não é imediata.

Pires ds Fonseca afirma que não se pode queixar da crise. Ne entanto, reconheçe que "o tempo de maturação do nosso modelo está a ser mais demorado do que o previsto", precismante devido à dificuldades acrescidas criadas por uma redução do consumo, da produção industrial e das exportações.

A empresa tem 140 vagões compradas à espanhola Tafesa, "porque em Portugal não havia fabricantes a não ser a EMEF [da qual Pires da Fonseca já foi administrador quando estava no conselho de gerência da CP] e esta não mostrou disponibilidade em tempo, além de ter um preço 30 por cento mais caro do que em Espanha". C.C.

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