Passivo da Carris é quase do tamanho dos dois submarinos comprados por Portugal
Transportadora reconhece que a sua estrutura financeira está "cada vez mais desequilibrada"
E pede ao Estado,que lhe deve dinheiro, que encontre soluções para o problema.
E se as relações com a tutela não são as melhores, com a autarquia também não. O novo esquema de circulação rodoviária na Baixa engendrado pela Câmara de Lisboa trocou as voltas à Carris, que fala num "significativo acréscimo dos tempos de circulação" e numa "penalização dos passageiros em termos de acessibilidade e conforto". Eventual efeito da crise, em 2009
Qual foi o prejuízo da CP em 2009?
Na ordem dos 217 milhões de euros, metade dos quais foram encargos financeiros. A CP Lisboa teve 9 milhões negativos, a CP Porto 15 milhões negativos e a CP regional um prejuízo de 57 milhões. A CP Longo Curso teve resultados positivos pela primeira vez: 1,8 milhões de euros.
De que forma é que a CP será chamada a contribuir para o PEC? Que serviços serão sacrificados?
Esse problema não está posto. O que está em cima da mesa é um adiamento do investimento. O PEC impõe determinadas regras via endividamento sectorial, cujo crescimento não pode ultrapassar 7 por cento em 2010, 6 por cento em 2011, 5 por cento em 2012 e 4 por cento em 2013. Em função disso houve que fazer uma revisão do plano de investimentos. Mas não do plano de serviços.
Como haverá um adiamento na compra de novos comboios, terá de se fazer o prolongamento da vida útil do material circulante. No material ferroviário pode-se sempre prolongar a sua vida. É uma questão de se agravar ou desagravar os custos de manutenção e de melhorar ou de piorar a sua fiabilidade. Dito de outra maneira, terá de ir mais ou menos vezes à oficina.
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