quinta-feira

A Merda, quanto mais se mexe mais aparece.

  não havia investigação inglesa mas SFO continuou a ouvir testemunhas a pedido da PJ
A investigação do processo Freeport esteve longos meses associada a um suposto processo inglês que na verdade já tinha terminado. O i sabe que o Serious Fraud Office (SFO), organismo da polícia britânica que manteve a colaboração com a Polícia Judiciária, inquiriu várias pessoas de nacionalidade britânica a pedido da PJ sobre o DVD de Charles Smith. Sabendo que o DVD que o antigo administrador Alan Perkins gravara ilicitamente era considerado prova proibida em Portugal, os investigadores do Freeport pediam aos colegas ingleses que inquirissem as testemunhas sobre os factos a que não poderiam responder em Portugal.
Encontro na embaixada Maria Alice Fernandes deixou fora dos autos do processo informações referentes a "diligência policiais" como o resultado de vários encontros entre a equipa da PJ de Setúbal e o Serious Fraud Office. Um dos encontros aconteceu em 2007, na embaixada do Reino Unido em Lisboa e não é sequer referido no processo. A troca de informação foi sempre a "título informal" e acabou por não constar dos autos não tendo sido sequer autorizada pelo Ministério Público, o titular da acção penal.

Uma dessas reuniões é mencionada no processo através de uma cota em que a coordenadora relata ter estado na véspera (9 de Julho de 2008) em encontro de carácter "estritamente policial" com vários elementos do SFO" que lhe "entregaram diversos elementos relativos à carta rogatória". Fora dos autos ficaram ainda várias informações consideradas especulativas pela investigadora.

No cofre de Maria Alice Fernandes, na Polícia Judiciária de Setúbal, além de ter estado guardada informação do Ministério do Ambiente sobre o processo de redefinição da Zona Especial do Estuário do Tejo - que permitiu a construção do outlet -, esteve ainda o controverso DVD gravado pelo antigo administrador do Freeport que, extraordinariamente, também não fazia parte dos autos do processo.
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